Assistência na gravidez
As grávidas - portuguesas ou estrangeiras com autorização de residência - têm direito a consultas gratuitas de acompanhamento da gravidez. Tanto as mães como os pais podem faltar ao trabalho para ir a estas consultas.
As grávidas estrangeiras que apenas tenham uma autorização de residência em Portugal até 3 meses têm acesso aos mesmos cuidados no Serviço Nacional de Saúde, mas estes serão cobrados.
Para mais esclarecimentos de dúvidas sobre a gravidez, sexualidade e planeamento familiar pode contactar a Ajuda de Mãe através da Linha SOS grávida.
A Direção Geral da Saúde disponibiliza ainda orientações sobre a gravidez e o parto no contexto da pandemia de COVID-19.
A informação nesta secção está organizada da seguinte forma:
- Abono pré-natal
- Subsídio por risco clínico durante a gravidez
- Subsídio social por risco clínico durante a gravidez
- Subsídio por riscos específicos
- Subsídio social por riscos específicos
- Subsídio por interrupção de gravidez
- Subsídio social por interrupção de gravidez
Nota: O subsídio social em qualquer um dos casos só é requerido quando a grávida não tem direito ao subsídio regular, por não reunir as condições necessárias.
O abono de família pré-natal é uma prestação em dinheiro, atribuída à mulher grávida residente em Portugal a partir da 13.ª semana de gestação. Este apoio pretende incentivar a maternidade através da compensação dos encargos acrescidos durante o período de gravidez.
Existem dois abonos pré-natal, atribuídos por entidades diferentes:
- pela Segurança Social – prestação atribuída por 6 meses, a partir do mês seguinte ao que se atinge a 13.ª semana de gravidez ou até ao momento do nascimento
- pela Caixa Geral de Aposentações – prestação atribuída a grávidas inseridas numa família com baixos rendimentos, a partir da 13ª semana de gravidez e até ao 6º mês seguinte ao nascimento.
Em caso de risco clínico para a grávida ou para o nascituro (a criança que vai nascer), em que a mulher fica impedida de trabalhar, existe um subsídio atribuído à trabalhadora, durante a gravidez, para substituir o rendimento de trabalho perdido.
Para ter direito ao subsídio, a grávida tem de reunir as seguintes condições:
- ter prazo de garantia (6 meses civis com registo de remunerações)
- gozar as respectivas licenças (no caso de trabalhadoras por conta de outrem)
- ter as contribuições para a Segurança Social pagas até três meses antes do momento em que deixa de trabalhar (no caso de trabalhadoras independentes).
Ao cumprir estes requisitos, basta apresentar o requerimento no prazo de seis meses a contar do primeiro dia de impedimento para o trabalho.
Consulte mais informação sobre como pedir o subsídio por risco clínico durante a gravidez.
Em caso de risco clínico para a grávida ou para o nascituro (a criança que vai nascer), em que a mulher fica impedida de trabalhar e não tem direito ao subsídio por risco clínico durante a gravidez, pode ser pedido o subsídio social por risco clínico durante a gravidez, para substituir o rendimento de trabalho perdido.
Para ter direito ao subsídio social, a grávida tem de reunir as seguintes condições:
- ser residente em Portugal (ou equiparada a residente)
- exercer atividade profissional
- não ter património mobiliário superior a 115.303,20€ (240 vezes o valor do IAS*), nem o seu agregado familiar
- cada pessoa do agregado familiar ter rendimento mensal igual ou menor a 384,34€ (80% do IAS*).
Ao cumprir estes requisitos, pode apresentar o requerimento no prazo de 6 meses a contar da data em que deixou de trabalhar.
A prestação será atribuída pelo tempo necessário para prevenir o risco clínico.
Consulte mais informação sobre como pedir o subsídio social por risco clínico durante a gravidez.
* Valor do Indexante dos Apoios Sociais em 2023 = 480,43€
Caso a trabalhadora grávida, puérpera (que deu à luz muito recentemente) ou lactante (a amamentar) desempenhe trabalho noturno na sua atividade profissional ou se encontrar exposta a riscos específicos que prejudiquem a sua segurança e saúde e o empregador não lhe distribua outras tarefas, pode pedir o subsídio por risco específico.
Estão abrangidas as grávidas em regime de:
- trabalhadoras por conta de outrem
- trabalhadoras independentes
- seguro social voluntários (trabalhadoras marítimas, vigias nacionais, tripulantes, bolseiras de investigação científica)
- beneficiárias em situação de pré-reforma das atividades dos regimes anteriores
- beneficiárias a receberem pensão de invalidez relativa ou pensão de sobrevivência que estejam a trabalhar e com contribuições para a Segurança Social.
O requerimento pode ser apresentado no prazo de 6 meses a contar da data do facto que determina a proteção, com o subsídio a ser concedido pelo período necessário para prevenir o risco específico.
Consulte mais informação sobre como pedir o subsídio por risco específico.
Quando a trabalhadora grávida, puérpera (que deu à luz muito recentemente) ou lactante (a amamentar) desempenhe trabalho noturno na sua atividade profissional ou se encontrar exposta a riscos específicos que prejudiquem a sua segurança e saúde, o empregador não lhe distribua outras tarefas e não tiver direito ao subsídio por risco específico, a trabalhadora pode pedir o subsídio social por risco específico.
Para ter direito ao subsídio social, a mulher grávida tem de reunir as seguintes condições:
- ser residente em Portugal (ou equiparada a residente)
- exercer atividade profissional
- não ter património mobiliário superior a 115.303,20€ (240 vezes o valor do IAS*), nem o seu agregado familiar
- cada pessoa do agregado familiar ter rendimento mensal igual ou menor a 384,34€ (80% do IAS*).
Ao cumprir estes requisitos, pode apresentar o requerimento no prazo de 6 meses a contar da data do facto que determina a proteção, com o subsídio social a ser concedido pelo período necessário para prevenir o risco específico.
Consulte mais informação sobre como pedir o subsídio social por risco específico.
* Valor do Indexante dos Apoios Sociais em 2023 = 480,43€
Na situação de uma interrupção da gravidez medicamente certificada (risco clínico durante a gravidez / interrupção da gravidez / riscos específicos), pode ser atribuído à trabalhadora um subsídio para substituir o rendimento de trabalho perdido, durante 14 a 30 dias, de acordo com indicação médica.
Para ter direito ao subsídio, a mulher tem de reunir as seguintes condições:
- ter prazo de garantia (6 meses civis com registo de remunerações)
- gozar as respectivas licenças (no caso de trabalhadoras por conta de outrem)
- ter as contribuições para a Segurança Social pagas até três meses antes do momento em que deixa de trabalhar (no caso de trabalhadoras independentes).
Ao cumprir estes requisitos, basta apresentar o requerimento no prazo de seis meses a contar do primeiro dia de impedimento para o trabalho.
Consulte mais informação sobre como pedir o subsídio por interrupção de gravidez.
No caso de uma interrupção da gravidez medicamente certificada, em que a mulher não tem direito ao subsídio por interrupção da gravidez, a trabalhadora, em situação de carência económica, pode requerer o subsídio social por interrupção de gravidez. O subsídio é atribuído por um período variável entre 14 e 30 dias, de acordo com indicação médica.
Para ter direito ao subsídio social, a mulher tem de reunir as seguintes condições:
- ser residente em Portugal (ou equiparada a residente)
- exercer atividade profissional
- não ter património mobiliário superior a 115.303,20€ (240 vezes o valor do IAS*), nem o seu agregado familiar
- cada pessoa do agregado familiar ter rendimento mensal igual ou menor a 384,34€ (80% do IAS*).
Ao cumprir estes requisitos, basta apresentar o requerimento no prazo de seis meses a contar do primeiro dia de impedimento para o trabalho.
Consulte mais informação sobre como pedir o subsídio social por interrupção de gravidez.
* Valor do Indexante dos Apoios Sociais em 2023 = 480,43€
Informação atualizada a 26 de outubro de 2021